História das Superstições
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R$ 67,00
DADOS TÉCNICOS:
- Editora: Publicações Europa America
- Autores: Schmitt, Jean-Claude
- Edição: 1
- Ano: 1997
- ISBN: 5601072580251
- Páginas: 164
- Formato: Brochura
- Idioma: Português
- Data de publicação: November 24, 2017
- Disponibilidade: Em estoque
A superstição é para a religião o que a astrologia é para a astronomia, a filha louca de uma mãe sábia. Voltaire
A palavra superstição, continua a pertencer à nossa linguagem: ainda
hoje, são considerados supersticiosos, aqueles que parecem estabelecer
uma relação de causalidade entre um ato ou um facto julgados
significativos – treze convivas à mesa, o saleiro que se entorna, um
espelho que se quebra, etc. – e um acontecimento, situado geralmente no
futuro, que se espera ou que se receia e deseja afastar. Tais
afirmações, comportamentos e crenças podem coexistir, na mesma
sociedade, até num mesmo indivíduo, com uma abordagem científica e
técnica dos fenómenos: pode bater-se na madeira antes de embarcar num
avião, embora sabendo que este voará conforme as leis da aerodinâmica.
As superstições são hoje, em geral, toleradas: o seu espetáculo suscita
a alguns um sorriso irónico, a outros uma curiosidade prudente. Não são
novas na sua forma: o temor dos presságios é universal. As suas
superstições não são novas na sua forma: o temor dos presságios é
universal […] As superstições não se deparam já com os imperativos da fé
enunciados por uma Igreja: em contrapartida, são geralmente opostas à
racionalidade científica que o Ocidente forjou, sobretudo a partir do
século XVIII. Mas esta substituição de um sistema de referências por
outro efetuou-se muito progressivamente, e decerto que ainda não se
encontra hoje totalmente concluída.